O nosso colégio viveu uma manhã maravilhosa, no dia 4 de outubro. Com efeito, tudo começou, por volta das 10h30, no jardim de São Francisco onde toda a comunidade viveu um momento emocionante em honra do nosso Santo Padroeiro: S. Francisco.
Num primeiro momento, a nossa Madre Superiora, Irmã Salomé Gonçalves, acolheu a comunidade, explicando um pouco da vida de S. Francisco e, de seguida, assistimos a uma interpretação de uma cena inédita, escrita pelo aluno Ricardo Guerra, 11.º 3, da vida de São Francisco, e representada pelos alunos Rúben Bastos e Firmino Oliveira do 11.º 1. No fim da encenação, todas as nossas vozes se uniram e, mais uma vez, a nossa “casa” registou mais um dia feliz!
No entanto, a manhã ainda não tinha acabado para o 11.º ano, pois esperava-nos uma abordagem interpretativa do Sermão de Santo António aos Peixes, realizada de um modo tão sublime e verosímil, tão objetiva e frontal, que conquistou a atenção dos alunos de início ao fim da representação.
Assim que entrámos, na Capela do Colégio, deparámo-nos com uma música misteriosa a pairar no ar e um fato inusitado pendurado perto do altar. À medida que nos íamos sentando, um homem vestido de Padre, ia-nos acolhendo com um maravilhoso sorriso!
Depois de todos acomodados, deu-se início a uma viagem no tempo! Marcelo Lafontana, personagem que encarnou a figura emblemática de Padre António Vieira, primeiramente, fez uma pequena introdução da vida do orador e, aproveitando o dia que vivíamos, ficámos a saber que Santo António e São Francisco tinham ideais comuns. De seguida, o ator, num momento digno de filme, apareceu-nos com andas e vestido com o fato misterioso que, momentos antes, tínhamos visto pendurado no altar… um verdadeiro Padre, ou melhor, uma autêntica figura de autoridade, como se pretendia!
Durante, aproximadamente, duas horas, todos os alunos do 11.º ano foram presenteados com uma atuação fantástica do Sermão. E, desta forma, os presentes, transfiguraram-se em “peixes” e, professores, alunos e irmãs, foram o auditório do “Padre António Vieira”. Era absolutamente proibido estarmos distraídos, porque o olhar atento do emissor logo nos interpelava. Deste modo, criou-se um ambiente profundo, acompanhado de sons aquáticos virtuais que faziam com que alguns de nós, de vez em quando, nos assustássemos.
No final, ainda tivemos tempo para algumas perguntas e para agradecer a oportunidade deste momento tão gratificante que nos irá permitir uma otimização do estudo desta obra intemporal, “Vos estis sal terrae!”, ficará na memória de todos.
Rita Teixeira, 11.º1
[2018-10-04]
